terça-feira, 29 de julho de 2014

"Pra ficar gravado nos registros por ai"



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Eu miro um olhar pra vocês e cada olhar que volta pergunta mais alto: “Tem certeza, Alice?”

Mas vou dizer com sinceridade, que não tenho e isso que me impulsiona a ir. A única coisa que eu sei é que a minha certeza não está aqui. Mas do futuro eu não quero falar, vamos deixar o amanhã amanhecer sem pressa e vamos falar do bonito que se foi passar por aqui. Porque foi maravilhoso cada momento, experiências e sorrisos novos que me tomou o peito. Fiz do carinho que recebi um ninho quente pras noites de frio. Aprendi que apesar do meu estresse, sempre tinha um filho de Deus mais estressado que eu, aprendi com sorrisos a falar sobre o amor recíproco e a diversidade linda de gêneros que é o mundo. Aprendi a trancos e barrancos, que se eu tenho 50 dias pra fazer um projeto, eu não posso tirar 49 pra descansar e que nem todos os sábados são dias de vinhos, mas um cálice antes do almoço de quinta, as vezes cai bem. Aprendi que se descobrir é importante e inevitável, que com amigos por perto a dor é sim, de fato dividida e que quando o coração aperta e a garganta inflama, um chá de cidreira quase cura. Aprendi que na cidade sol, nem sempre o dia brilha, que infelizmente o normal pra alguns é a repulsa de outros. Aprendi que boas energias se passam com olhares e abraços verdadeiros e que eles salvam noites e semanas inteiras. Muita coisa que trouxe de berço, eu passei. Aprimorei por exemplo a respeitar cada dia mais os gostos, os gozos e os ais alheios, sem um olhar meio de lado. Aprendi -e me sinto feliz por isso- que ensinar é a arte mais linda e aprender nos torna artistas também. Me apaixonei por jeitos de pensar e filtros dos sonhos, gostei de todos os dias acordar com um pouco da sabedoria que cada um me passou, mesmo que indiretamente. Entendi que conviver não é fácil, mas que ser maleável e ter disposição pra se tornar agradável é maravilhoso, o mais bonito que aprendi foi me acostumar com o temperamento das pessoas sem antes querer saber se elas eram índias(os), evangélicas(os), budistas, ateias(os), mulçumanas(os), católicas(os), espíritas, ripes, frozens, ninjas ou sei lá. O incrível foi saber gostar de cada um de vocês pelo que são pra mim. Aprendi sobre tudo a guerrear em paz e levarei a paz e a leveza que foi encontrar vocês no meu caminho, dentro do meu coração! Obrigada por tudo, pelo hospitalidade, acolhida, beijos, abraços espontâneos e apertados e sim a certeza que mora em mim agora, é que sentirei falta de vocês, muita e sempre! Amo vocês! Beijos da Carulina, Lice, Sant’Ana,  Licinha, Bebê, Alice e de mim!   

Alice Sant'Ana 

domingo, 6 de julho de 2014

Um berço chamado Macaúbas


Macaúbas dos meus amores e das cores que me encantam.
Macaúbas onde mora o melhor abraço, o seu e do Cristo que olha lá de cima.
Macaúbas das nossas ruas, das nossas folias de fim de noite.
Macaúbas que guarda minha felicidade e cuida
do que eu julgo sagrado.
Macaúbas do Tinguis, das cachoeiras mais
lindas.
Das estrelas mais brilhante e lua tão bela
quando minguante.
Macaúbas das noites de São João e do forró
quente.
A cidade que me aquece por nome.
A boa e velha cidade que têm de mim um grande amor.
Macaúbas dos meus sonhos,
dos risos, do fogo, da paz,
do céu azul, de nuvens brancas,
dos paralelepípedos desordenados,
das artes em telas, pedras e paredes,
das vozes que falam doce sobre o berço que tu és.
Ho Macaúbas berço amado, eu canto em lírico teu encanto.
Sentimento que toma o peito, que das tuas serras farei arte e
poesia.
Espalharei nos olhares alheios a tua beleza
e tua cor.
O meu País das Maravilhas,
para Macaúbas com  muito amor!
Alice Sant'Ana/Carulina Cordes

sábado, 5 de julho de 2014

Anielle Menezes

[Trama da vida]

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Olhamos a vida como um ciclo, com início, meio e final e inicio, meio, final. Na verdade, eu gosto de viver mais que isso, mas que meios ou fins ou inícios, mas claro que há de ter estes mesmos. Digo a ti, que não se cansa de pensar no que eu tento te falar ou pelo que eu vejo, que pode estar “nem aí”, nós todos somos seres únicos e vivos, temos vida. Nós sempre  reclamamos da vida, como se a vida não fosse perfeita, contudo, ela sim, ela é perfeita, mas do jeito dela, cabe a nós mesmo, eu, você e o resto do resto do mundo nos conformar e modelar-nos nessa nova e velha “passagem”.  Vivemos em um presente, o qual imaginamos futuros e nos prendemos a passados. Cremos que não precisamos sorrir pra viver, mas a vida é só a vida e pra mim a vida pode sim, ser sorrisos e mais sorrisos. Se esqueça de tudo isso, eu só sou eu e você é como todo o resto, pensamos e agimos diferente, mas temos algo em comum, a vida. Então, leve toda essa idéia de passagem, ou de escolhas e siga, e jogue pro alto e sorria e diga ”A vida é uma só então vamos sorrir” e continue assim até à morte.

Anielle Menezes