quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Não são poesias



Não são poesias

**

Vontade de largar tudo e ir pra o meu segundo céu: a estrada. Venha comigo, vinhos, massa, café fresco, pão de queijo, mais vinhos, frio, estrada, estrada, serras, cachoeiras, pôr do sol e beira mar. Amor e uma barraca pra encostar. Cavalos, cachorros, Pernambuco, Brasília, São Paulo, Salvador e Pará, pra descansar. Norah Jones no rádio, o carro a 130km h, você sorri e pergunta o que tem pro jantar, eu olho pra cabine e... Panquecas e suco de laranja? Bom dia amor, café?  
Meu amor, há um problema grave em ser intenso. Dói e só quem é, sente. Aquele momento chato que o vinho está acabando, parece que o seu analista está indo embora também. Acho que eu tô cansanda disso tudo. Uma vontade de me isolar. bloquear todo e qualquer tipo de saudade -sentimento-. Deixar a poesia e viver, no seu verdadeiro sentido. Ou deixa-la ou me entregar de corpo e alma, -muito mais corpo, porque a alma já nem volta- sem ter que dar satisfações a ninguém. Deitaria feliz na sarjeta, só por encontrar alguém com a mesma alma... 


Alice Sant'Ana

Nenhum comentário:

Postar um comentário