terça-feira, 9 de setembro de 2014
[Nem nome tinha]
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E ela apareceu, eu com dor e ela lá.
Mesmo de longe...
Seu dom poético me entorpeceu,
e um filho nosso nasceu.
O filho da dor...
Um rebento, banhado de dor, nem nome tinha.
E foi por isso que sua história começou.
Feito os pais, sem amor.
Só um corpo atrás de paz.
Querendo parir letras e versos
Fui internada e assim começo.
E como que...
Se não fosse através da poesia?
Que nasceria uma alma tão pura!
Que arranca sorrisos dos pais.
E carinho dos demais!
Vestiu-se de branco, cada palavra
E num berço categórico foi batizada.
Sem nem pensar na possibilidade de ser algo mais que sentimentos.
Nem narcisa, nem burguesa, preta, branca, boêmia ou cigana.
Apenas veio, e cresce sendo o "si" de nós.
Alice Sant'Ana\Ney Dias Amaral
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